Kimi, Ferrari e Mônaco
GOIÂNIA – É quase unânime que Kimi é o piloto mais bem quisto pelos fãs de F1. Não pelo piloto, mas pela postura fora das pistas, ou no rádio. Quem não perdeu meia hora no YouTube vendo UM compilado das melhores declarações de Kimi Raikkönen?
Como piloto, eu diria que Kimi é um dos mais talentosos da história. Em compensação, falta “aquilo”, se é que vocês me entendem, nele. Mesma história que James Hunt. Um grande piloto, mas por sorte e o talento natural, foi uma vez campeão. Enquanto a dedicação fez Niki Lauda tricampeão.
O finlandês não demonstra garra e vontade. Confesso que isso me frustra. Kimi tinha tudo para ser um dos gigantes. A tocada é diferenciada. Mas parece que para ele, tanto faz.
Torci por Kimi em Mônaco. E não condeno a Ferrari pela troca das posições. Aqui o Fábio Seixas explicou isso direitinho, e concordo com ele. Leiam.
Depois que Vettel passou a liderar a prova, seu rendimento melhorou. Quando líder, Kimi segurou o companheiro. Seu ritmo era bem menor em comparação ao que Vettel, e ele mesmo já que têm o mesmo carro, poderia ter feito. Se o finlandês tivesse aberto no começo, mostrando a vontade de encerrar um jejum de mais de 4 anos, a história poderia ter sido diferente no pódio.
Vettel andou como um louco antes de parar. Aproveitou a oportunidade de vencer. E venceu. A Ferrari não fez predileção entre seus pilotos. Ela tentou garantir a dobradinha já que os adversários estavam chegando. Foi acertado.
Kimi não fez por merecer a sensação de “não venceu quem deveria”.