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Retrospectiva da temporada: 2013

Ainda faltam 2 meses e 23 dias

GOIÂNIA – Não sei vocês mas até que gostei da temporada de 2013. Eu sei que fica muito difícil gostar de uma temporada com 13 vitórias de um piloto e um tetra com 3 corridas de antecedência, ainda mais depois de 2012!

Mas apesar do domínio alemão, foi uma temporada divertida. Malásia, mercado de pilotos, twitter da Lotus…

E mais uma vez acertei a minha aposta do começo do ano. Vettel, né? Que além de todas as corridas do 2° semestre, levou também o GP da Alemanha, do Canadá, do Bahrein, e da Malásia, vulgo a-pior-vitória-de-Vettel.

Pódio na Malásia.

Pódio na Malásia.

O campeonato de construtores foi para a RBR. Aliás, se a RedBull tivesse só o Vettel como piloto ainda levaria, já que os pontos das duas Ferraris juntas não dão os do alemão, e os pontos das duas Mercedes juntas não dão os do alemão. Pois é, os pontos do Webber não fizeram muita diferença. Webber não fez muita diferença.

O australiano, depois da Malásia, passou o tempo todo dando declarações como se quisesse se ”vingar” de Vettel. Mas como com Villeneuve, a gente ignora que fica tudo bem.

McLaren e Sérgio Pérez foram as minhas decepções pessoais. Já disse que a equipe britânica é a minha favorita no grid, e apostei tudo no mexicano. Foi uma péssima temporada para ele. Ai eles resolvem dispensá-lo. Continuo achando que Sergito é um ótimo piloto, mas ainda não era hora de ir para a McLaren, ainda mais uma McLaren  como aquela.

Hülken foi o moleque que brilhou. Um pilotaço. Levantou aquela Sauber. E Guts (no GP do Brasil tinha um mexicano que todas as vezes que Esteban Gutiérrez passava dizia:’mírada Guts’) também tem talento, só ainda não conseguiu mostrar.

Force India ameaçou uma boa temporada, mas não passou disso, ameaça.

Toro Rosso, normal.

Williams, pior equipe do ano, 5 pontos. Tudo bem que Marussia e Caterham nem pontuaram, mas o papel delas no grid é esse, retardatário, chicane ambulante… Mas a Williams, a gigante Williams. O venezuelano fez 1 ponto! 19 corridas e 1 ponto.

Grosjean fez uma ótima temporada, e apesar de ter provocado acidente no começo, deu uma enorme amadurecida e mereceu seus pódios. Mas querido, para de falar que você já é um dos tops do grid, baixa essa bola ai que melhor que você tem uns 7.

Mercedes foi além das minhas expectativas. Hamilton ganhou uma, Rosberguinho duas. Foram até bem e terminaram com o vice dos construtores.

Bom a Ferrari foi a Ferrari. Duas vitórias, jogo de equipe, sacanagem com os brasileiros, protegida da FIA, como manda o script. Mas o melhor de Maranello esse ano foram as notícias. Alonso reclamón, Massa liberto, Kimi em busca de grana, Luca mostrando quem é que manda…

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Agora é esperar 2014, que começa dia 14 de março.

Retrospectiva da temporada: 2012

Goiânia – Foi realmente um ano intrigante, surpreendente, ótimo e envolvente. Começou bem e terminou bem. Quem mereceu, levou o campeonato para casa. Muitos recordes foram batidos. Gente finalmente indo embora e gente voltando, pilotos estreando. Pilotos e equipes sendo campeões de novo. Pilotos novos mostrando potencial e gente mostrando inutilidade, equipes contratando e dispensando pilotos, alguns progredindo e outros regredindo. Piloto tirando engenheiro. El gentón sem espírito de bom perdedor, alfinetando gente, nervoso, emburrado. Piloto chorando, piloto sorrindo. Gente sendo homenageada e gente quebrando barreiras…
2012 foi realmente um ano para ser aplaudido de pé por gente gritando: “MAIS UM. MAIS UM”. Fazia algum tempo que uma temporada automobilística não era tão empolgante.

Na StockCar, as previsões do começo do ano se confirmaram. Cacá Bueno foi pentacampeão com a RedBull ganhando só 1/4 das provas disputadas. Não pontuou em 2 e na corrida do milhão chegou em 3°. E que corrida essa. Cacá largou mal e aos poucos foi se recuperando, sem afobamento. Conseguiu chegar à 2° posição, atrás de Galid Osman, uma surpresa. Depois conquistou o 1° lugar. E faltando poucos metros para cruzar a linha de chegada, a gasolina do carro de Cacá se esgota e ele é ultrapassado por Thiago Camilo e Ricardo Maurício. Foi realmente emocionante.

Cacá é Penta

Valdeno Brito andou surpreendendo nesse ano. Ganhou 2 corridas e terminou o campeonato em 7°, com 137 pontos, enquanto o companheiro de equipe, Alceu Feldmann fechou em 31° com míseros 9 pontinhos.

Rubens Barrichello foi convidado para a corrida do milhão e participou também das 2 anteriores. Foi razoável e ficou assustado com a brutalidade da categoria, ele, Kanaan e Castroneves. Rubinho até fechou para correr na Medley ano que vem. F1 não deu certo, Indy não deu certo, agora vamos ver a StockCar. Mas Rubens, se nada mais der certo, vira repórter da Rede Globo.

Na Indy, ganhou um americano. Ryan Hunter-Reay foi campeão pela Andretti. A aposta do começo era Will Power, que ganhou 2°, 3° e 4° provas, a última no Brasil. Will Power fez 5 poles, enquanto Hunter-Reay não fez nenhuma, mas ganhou 4 provas. Castroneves ficou em 4° no campeonato, ganhou 2 corridas. Kanaan fechou em 9° e Rubinho em 12°. Se levarmos em conta que era a 1° temporada de Rubens na Indy e tinha um carro mediano, ele se saiu bem e ainda podia desenvolver mais o carro. Só eu que achei que ele ia chegar e ganhar corrida já. Coisa de torcedora!

Baltimore

Na GP2, pouco o que comentar. Razia poderia ter ganho aquele título, mas foi  Davide Valsecchi quem levou o campeonato. Nars e Razia são as promessas brasileiras para a F1 e esse ano, os dois tiveram um desempenho notável, mas não foi o suficiente.

Agora, a categoria máxima, Fórmula 1. A temporada começou e terminou com a vitória do tigre inglês, que com a vitória em Spa, são 3 no total. Sebastian fenômeno foi tri. E mereceu o título. Não tem essa de que Alonso merecia não. Quem conta com sorte e jogo de equipe para ganhar campeonato, não merece. Andou sim muito bem com a Ferrari, teve um desempenho bom, mas Felipe Massa terminou correndo até melhor que o espanhol.

GP do Brasil

Vettel ganhou 5 corridas e Alonso 3. O prodígio alemão faz a sua melhor temporada, com espetaculares corridas, recuperações épicas no Brasil e em AbuDhabi, sorriso de criança e maturidade de adulto.

Essa foi a temporada do surgimento das promessas da F1. Pérez, o ligeirinho afobado que subiu no pódio 3 vezes no ano, e depois que foi contratado pela McLaren para o ano que vem, decaiu bastante e não pontuou nas 6 últimas corridas. Koba-San, o japonês que subiu no pódio pela primeira vez em seu país, sem contratos em 2013, uma pena. Di Resta e Hülken, a talentosa dupla da Force Indian, que se desfez para 2013. Rosberg, ganhou uma corrida e estava colocando Schumi no chinelo.

Falando em Dick Michael Vigarista Schumacher, 2012 é o ano da 2° aposentadoria dele. Tomara que essa seja definitiva. Kimi teve um retorno decente, ficou em 3° no campeonato. O companheiro de equipe só fez bater, nos outros.

2012 teve corridas épicas, como o GP do Brasil e o de AbuDhabi. Teve a tirada de Kimi, que virou até camiseta, blusão e gorro: “Leave me alone. I know what I’m doing”, “Yes, yes, I am doing all the time, you don’t have to remind every secnd”.

2012 foi com certeza um ano igual, mas diferente. Já tinha apostado no tri do Vettel antes da temporada começar, e mesmo oscilando os vencedores dos GPs, o trio Vettel-Neway-Honer foi de novo campeão.  Se o mundo acabar mesmo nesta sexta-feira, 2012 realmente valeu à pena.

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